02 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi definida pela ONU em 2007 para conscientizar as pessoas sobre o que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo fundamental a propagação de informação para estimular o diagnóstico precoce e o acesso às terapias que podem ser decisivas no tratamento, além de combater o preconceito e a discriminação.
AUTISMO
O autismo é uma alteração do desenvolvimento humano que afeta consideravelmente a capacidade de comunicação, interação social e o uso da imaginação. Podendo ser observado logo nos primeiros anos de vida, o TEA (Transtorno do Espectro Autista) não apresenta cura, mas pode ter seus sintomas suavizados com um acompanhamento adequado e precoce do paciente.
Foi descrito pela primeira vez pelo médico Leo Kanner em 1943, em um artigo que analisava 11 crianças que apresentavam dificuldade de estabelecer contato afetivo e interpessoal. Em 1944, o também médico Hans Asperger publicou um trabalho sobre crianças com características bastante semelhantes àquelas do trabalho de Kanner. Costuma-se considerar esses dois autores como os primeiros a relatarem o autismo.
Estudos indicam que o autismo é decorrente de interações de fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos. Vale destacar que alguns trabalhos mostram risco aumentado e recorrência de autismo em famílias que já possuem filhos autistas.
Algumas manifestações são comuns nos autistas, porém, é fundamental esclarecer que cada indivíduo tem sua peculiaridade e nem todas essas ocorrências estão presentes em todos. É comum que pais do paciente observem alterações por volta dos 12 aos 18 meses, principalmente quando a criança ainda não desenvolveu a linguagem como outros bebês da mesma faixa etária. A seguir, destacamos algumas das manifestações mais comuns no autismo.
Alguns dos sinais do TEA que podem ser observados em crianças no primeiro ano de vida são:
- não responder ao nome
- movimentos repetitivos
- dificuldade para estabelecer amizades e participar de atividades em grupo
- dificuldade de comunicação
- incômodo quando estão em ambientes com sons altos
- interesse maior por objetos do que por pessoas
- pouco contato visual
- enfileirar objetos
- dificuldade em aceitar toque
O acompanhamento correto do autista é fundamental para o desenvolvimento de suas habilidades e a interação do paciente com outras pessoas. É necessária uma equipe multidisciplinar para conseguir seu melhor desenvolvimento. Entre os profissionais que podem ajudar nessa tarefa, temos os fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais.
CARTEIRA DE IDENTIFICAÇÃO DA PESSOA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (CIPTEA)
Com esse documento, pessoas autistas terão prioridade garantida no atendimento e no acesso a serviços públicos, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social. É validado em todo o território estadual e será expedido gratuitamente pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), por meio da Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (Sead).
COMO TIRAR A CIPTEA?
Você pode fazer a requisição da CIPTEA online, é só clicar no link abaixo. Você vai precisar de uma foto e informações pessoais do beneficiário, além do relatório médico com indicação do código da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID).
VOCÊ CONHECE OS DIREITOS DA PESSOA AUTISTA?
Você sabia que a legislação brasileira garante alguns direitos para as pessoas autistas e seus familiares? Baixe nossa cartilha para conhecer esses direitos.