Liana Cirne participa de lançamentos de editais culturais do Ministério da Cultura;
R$ 61 milhões serão investidos no setor
A vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), participou nesta semana de um debate no Cinema da Fundação, na Sala Derby, ao lado de John Shipton, pai de Julian Assange, fundador do WikiLeaks.
O filme narra o encarceramento do ativista australiano e teve sua estreia nacional no equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundaj. Assange foi preso em 11 de abril de 2019, arrastado para fora da embaixada do Equador em Londres.
John Shipton luta para ver seu filho livre e contra sua extradição para os Estados Unidos. Assange é acusado sob a Lei de Espionagem, após ter divulgado crimes de guerra que foram cometidos no Afeganistão e no Iraque.
“Julian Assange está respondendo pela suposta violação à Lei de Espionagem. Isso significa dizer que o jornalismo deixa de ser uma profissão e passa a ser a tipificação penal. Deixa de ser uma profissão para ser um crime. É preciso entender que houve uma arquitetação para que o caso Assange chegasse onde chegou”, disse Lina Cirne.
A vereadora lembrou ainda uma entrevista em que Lula cobra um posicionamento mais firme da imprensa municipal e que denunciasse as irregularidades do processo contra Assange.
“Considero que o mundo hoje tem um Sul global emergente e que o novo líder multilateral desse mundo em que o Sul global emerge é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Inequivocamente, Lula assume o papel de protagonismo na nova conformação geopolítica mundial e ele é um ex-preso político. Não é sutil a empatia de Lula com Julian Assange”.
Por fim, Liana destacou a importância de uma mobilização política internacional pela liberdade do ativista Australiano.
“Essa mobilização aqui é extremamente importante. No entendimento de alguns analistas políticos, a América Latina hoje detém um papel fundamental na defesa de Assange. A Austrália não está totalmente empenhada nesta defesa e todos os países que cometeram crimes de guerra estão empenhados não apenas que Julian Assange seja uma vítima da censura, mas especialmente que ele seja um modelo para criar uma relação de censura e silenciamento de qualquer verdadeiro jornalismo”, argumentou Liana, “ Se não houver uma grande mobilização política internacional, Assange será condenado à morte, seja física ou psíquica”, pontuou.
Durante o evento, John Shipton agradeceu o apoio que tem recebido do Brasil.
“A força de uma nação nasce a partir da força do seu povo, o seu conhecimento descreve o caráter de uma nação”, disse John Shipton, que já percorreu 50 países em busca da libertação do filho. “Tenho gratidão as pessoas que dão apoio ao Julian aqui no Brasil e gostaria, também, de fazer uma menção especial ao presidente do país, Luiz Inácio, a quem ofereço a minha mais profunda gratidão”.
Também participaram da sessão debate a presidenta da Fundaj, professora doutora Márcia Angela Aguiar, o coordenador do Cinema da Fundação, Luiz Joaquim, o doutor em Comunicação, Eduardo Amorim, e as tradutoras Cléria Costa e Heri Pontes.
Confira debate na íntegra