top of page
Audiência Pública de Liana Cirne debate Plano Diretor Cicloviário do Recife
IMG_1871.JPG

Uma Audiência Pública de autoria da vereadora Liana Cirne (PT) debateu na Câmara Municipal do Recife o Plano Diretor Cicloviário (PDC) da Região Metropolitana, que completa 10 anos. A Audiência ocorreu no plenarinho da Casa de José Mariano na segunda-feira, 15 de abril, Dia Internacional do Ciclista. 

 

Liana Cirne pontuou as dificuldades na cidade como a implantação de ciclo-rotas e defendeu a educação no trânsito na capital pernambucana. 

 

“Nós temos ciclovias muitas vezes sem conexão com pontos em que andar de bicicleta seja seguro. Outra situação problemática é a adoção da ciclo-rota no Recife. Com a falta de educação no trânsito, que caracteriza ainda a nossa cidade, a ciclo-rota acaba não sendo  um espaço seguro para nossos ciclistas. O Plano Diretor Cicloviário prevê ações de educação no trânsito para o respeito ao ciclista e essas ações não têm sido realizadas. A gente precisa de ciclovia com uma separação física para garantir que os ciclistas não sejam atropelados”, defendeu Liana Cirne.

 

Bárbara Barbosa, representante da Bike Anjo, fez uma apresentação explicando o histórico do Plano Diretor Cicloviário. 

 

 “A sociedade civil, que eu represento, ficou nesse papel da gente fazer parte do escritório da bicicleta. Em 2013, o governo contratou estudos e audiência do PDC por R$ 860 mil reais. Em 2020, a Ameciclo e a Câmara pediram ciclovias emergenciais na pandemia, mas foram rejeitadas pela CTTU. Recife tem solução e a solução está dentro do PDC. O que a Bike Anjo hoje pede é que execute os 225 km de ciclovia nos próximos dois anos”.

 

Daniel Valença, representando a Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo), disse que era consenso de que o ônibus e a bicicleta são veículos seguros, saudáveis, sustentáveis e democráticos. Ele também citou sugestões de encaminhamentos. 

 

“A gente tem perdido tempo, dinheiro e pessoas pela falta de execução da priorização dos transportes ativos. E é consenso de que o Recife é uma cidade muito violenta no trânsito. Só a sociedade civil cumpriu o acordo porque a gente pressionou e colocou o PDC em todo planejamento urbano, projeto e em toda lei que trata a ciclovia. Como encaminhamentos, sugerimos parar de investir no asfaltamento e manutenção de vias para automóveis e avançar em projetos de mobilidade ativa, como o Parque Capibaribe”.  

 

Klauber Teixeira, coordenador do Setor Mobilidade do Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco, fez observações de locais que estão enfrentando problemas na cidade e pontuou que as empresas concessionárias devem realizar os serviços adequadamente. 

 

“Há uma invasão dos automóveis e de muitas motos nas ciclofaixas. Na rua Montevidéu, por exemplo, quando as pessoas saem do trabalho às 5h da tarde, em qualquer congestionamento, as motos invadem e colocam em risco a integridade física do ciclista. As empresas concessionárias deixam buracos nas vias e retiram a pintura. Então, é importante ter essa sinergia dos órgãos públicos de se comunicarem e deixarem a ciclofaixa íntegra. Não podemos esquecer as campanhas permanentes em mobilidade que estão presentes como a da Semana Nacional de Trânsito e Na Cidade Sem Meu Carro”.

 

O que disse a Prefeitura? 

 

Tatiane Remigio, gerente da Diretoria de Planejamento e Projetos da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), disse que “estava na audiência pública para ouvir e para poder melhorar a qualidade dos projetos no futuro. A URB desenha o projeto e executa com o aval da CTTU”. 

 

Antônio Henrique, gerente geral de Mobilidade Humana na Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), disse que começou a trabalhar com o Recife tendo 24 km e hoje está com 191km de malha cicloviária.

 

“Foram muitos embates e enfrentamentos culturais principalmente na cidade. Sabemos que o Plano Diretor foi amplamente discutido com a sociedade civil e com os técnicos da Prefeitura. Uma parte dele se faz de parte Complementar, que é da Prefeitura do Recife, e a outra Metropolitana que é do governo do Estado. É uma pena que o governo do Estado não esteja aqui presente para poder enriquecer esse debate”, ressaltou Antônio Henrique.

botão 02-01.png
bottom of page