Nos 71 anos do Cinema São Luiz, Liana Cirne cobra investimentos no audiovisual pernambucano
Hoje o cinema São Luiz celebra 71 anos, mas será que temos mesmo o que comemorar?
Pois é. Essa imponente sala de cinema, que tem um valor tão afetivo e cultural para nossa gente, segue fechada por mais de um ano.
Inaugurado em 1952, às margens do Rio Capibaribe, o São Luiz é orgulho da nossa cidade e um dos poucos cinemas de rua do país.
A capacidade do local é para 992 pessoas e foi tombado como patrimônio histórico e artístico em 2008, tendo como dono o povo pernambucano.
É impossível falar do São Luiz e não destacar sua arquitetura. A ampla sala de espera com um janelão de vidro e vista para o Capibaribe. O mural de Lula Cardoso Ayres no hall.
O que dizer da cortina vermelha que abre lentamente e de seus magníficos vitrais coloridos que se destacam entre o apagar das luzes e o início da projeção.
Me deixa triste um monumento assim fechado por tanto tempo e passando por um desmonte. Um local que não foi poupado do exoneraço da gestão atual e que segue com a promessa de reforma, tão necessária, mas que se prolonga.
É importante pontuar que o São Luiz vendeu cerca de 100 mil ingressos em dez anos, somente com filmes produzidos em Pernambuco, filmes em lançamentos comerciais. Também recebeu diversos festivais e eventos.
O espaço aquece o centro e faz lembrar da importância de investir não apenas no equipamento, mas também no cenário audiovisual pernambucano.
Aniversário de 71 anos do Cinema São Luiz, que resiste ao lado de toda classe audiovisual e cultural de Pernambuco. Viva o cinema de rua. Viva nosso São Luiz.